sexta-feira, 3 de abril de 2009

Acidente Vascular Encefálico



ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO: altos índices em nossa cidade.



Acompanhamos nas últimas semanas a morte do Deputado Clodovil Hernandes por um AVE (Acidente Vascular Encefálico). A televisão falou muito sobre o tema e muitas pessoas ficaram assustadas quando ficaram sabendo sobre os altos índices da doença.
Em nossa cidade os índices de pessoas que sofrem esta lesão são enormes. Apesar de ser mais comum em pessoas idosas, ainda que em menor escala, o AVE pode acontecer em qualquer idade e vários são os fatores que podem causá-lo.
Como Terapeuta Ocupacional, acompanho de perto muitos pacientes e seus familiares que sofrem com lesões deixadas pelo AVE, e essas lesões, por menores que sejam acabam influenciando na qualidade de vida do paciente e de seus familiares se não forem bem tratadas e acompanhadas de perto por um profissional adequado. Mas o que é, o que causa e como prevenir um AVE? Vou tentar explicar de maneira bem simples.
O AVE é uma doença caracterizada pelo início de um déficit neurológico (diminuição da função) que persiste por pelo menos 24 horas, refletindo a falta de irrigação sanguínea em alguma área do cérebro. Ele pode acontecer de duas maneiras: pode ser isquêmico (quando um vaso sanguíneo que levaria sangue para o cérebro “entope” e a circulação fica então comprometida) ou hemorrágico (quando um vaso sanguíneo se “rompe” e também deixa de enviar o sangue para uma região específica do nosso cérebro).
Vários fatores são descritos na literatura médica que podem levar qualquer pessoa a ter um AVE, entre eles estão a hipertensão arterial, doença cardíaca, diabetes, tabagismo, uso de pílulas anticoncepcionais, álcool...
Os sintomas geralmente dependem do tipo de acidente vascular que o paciente está sofrendo: isquêmico? hemorrágico? Sua localização, idade e outros fatores. É comum aparecer sintomas como: fraqueza (pode aparecer em um dos membros ou face), distúrbios visuais (perda da visão em um dos olhos, sensação de “sombra” ou “cortina”), perda sensitiva (dormência que pode vir junto com a sensação de fraqueza), linguagem e fala (fala curta e com esforço) e convulsões.
Para tratar um paciente com AVE, inicialmente deve-se diferenciar entre acidente vascular isquêmico ou hemorrágico e isso vai ficar por conta do médico neurologista. O tratamento inclui a identificação e controle dos fatores de risco, o uso de terapia antitrombótica (contra a coagulação do sangue) e endarterectomia (cirurgia para retirada do coágulo de dentro da artéria) de carótida em alguns casos selecionados.
Na prevenção, a avaliação e o acompanhamento neurológicos regulares fazem parte, bem como o controle da hipertensão, da diabetes, a suspensão do tabagismo e o uso de determinadas drogas (anticoagulantes) que contribuem para a diminuição da incidência de acidentes vasculares encefálicos.
Por isso, é de extrema importância fazer sempre um acompanhamento médico. E se utiliza anticoncepcionais sem consulta médica, se faz uso de bebidas alcoólicas, se tem uma vida com muito stress, é fumante, faz uso de medicamentos de pressão, se não faz exercícios físicos e se não tem uma boa alimentação, tome cuidado! É muito comum ouvir de pacientes: “eu só tomava o medicamento de pressão no dia em que eu estava sentindo mal” e logo no dia em que estava se sentindo bem, aconteceu...
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