quinta-feira, 30 de abril de 2009

INCLUSÃO DIGIT@L

ALUNAS DO 5º PERÍODO DE TERAPIA OCUPACIONAL CRIAM ADAPTAÇÕES PARA PROMOVER A INCLUSÃO DIGITAL!

A idéia partiu de uma aula de Informática Acessível, no curso de Terapia Ocupacional da UNIPAC Lafaiete, dentro da sala de aula, onde estava sendo discutido como o computador influencia a vida de todas as pessoas e como é importante o Terapeuta Ocupacional ter conhecimento e saber utilizar o computador como um recurso terapêutico.
Mas, sabemos que nem todas as pessoas conseguem ter acesso ao computador. Além da questão financeira, que faz com que muitas pessoas fiquem distantes do chamado “mundo virtual”, o computador exige que seu usuário tenha alguns “requisitos” para manuseá-lo. Sem adaptações, precisamos ter visão, muitas vezes audição, coordenação motora, raciocínio...
Dá para imaginar como uma pessoa, por exemplo, que não tenha o movimento dos braços utiliza o computador? E uma pessoa totalmente cega, consegue utilizá-lo? A resposta é sim. E não é complicado como muitas pessoas pensam.
Na tentativa de ajudar algumas pessoas que passam pela dificuldade no acesso ao computador, as alunas Suelen Vieira Silva e Águida Lorena Costa, acadêmicas do 5º período do curso de Terapia Ocupacional da Unipac Lafaiete, criaram uma adaptação chamada de “máscara de teclado ou colméia” e uma “ponteira”.
Vale lembrar que estas adaptações já existem, mas são vendidas a preços que não são acessíveis para muitas pessoas, principalmente porque grande parte destas adaptações são importadas e chegam ao mercado brasileiro com preços muito altos.
Portanto, se você conhece pessoas que possuem dificuldades e gostariam de utilizar o computador, vale à pena consultar com um Terapeuta Ocupacional, formas de adaptações das partes físicas do computador (hardware) e dos programas também (softwares).
Entenda as adaptações criadas por Águida e Suelen:
As adaptações de hardware são aparelhos ou adaptações presentes na parte física do computador, que ampliam a comunicação do usuário com máquina.

- Máscara de teclado ou colméia
Trata-se de uma placa com um furo correspondente a cada tecla do teclado, que é fixada sobre o teclado, a uma pequena distância do mesmo, com a finalidade de evitar que a pessoa com déficits de coordenação motora pressione, involuntariamente, mais de uma tecla ao mesmo tempo. Essa pessoa deverá procurar o furo correspondente à tecla que deseja.
Materiais Utilizados / Custo
Papel Cartão -------------------------------------- R$ 0,50
Técnica de papel marche
1 Rolo de papel higiênico ---------------------- R$ 0,89
3 colheres (sopa) água sanitária ------------- R$ 1,20
3 colheres (sopa) farinha de trigo ------------ R$ 1,69
3 colheres (sopa) cola --------------------------- R$ 0,90
Total ------------------------------------------------- R$ 5,18

Ponteira
É um objeto cilíndrico fixado na mão através de um velcro com a ponta em forma de lápis que acompanha a máscara do teclado, usado para pessoas com déficits de coordenação motora.

Materiais Utilizados / Custo
9 cm cano PVC --------------------------------- R$ 0,90
100g de pó de gesso (Diluído em água)---R$ 1,30
Haste de uma escova de roupa ou velcro-R$ 1,50
1 Lápis com borracha na ponta ------------ R$ 0,15
Total ------------------------------------------------- R$ 3,85
A preços muito baixos, as alunas conseguiram “recriar” adaptações que podem ajudar pessoas com distúrbios de coordenação motora, paralisia cerebral (atetóide – pessoas que apresentam tônus muscular flutuante), pessoas com dificuldades de abstração e concentração e pessoas com dificuldades dos movimentos de pinça.
Gostou, quer saber mais sobre as adaptações? Entre em contato com as acadêmicas pelo e-mail: suelenvsilva@hotmail.com

Tenha uma ótima semana!




quinta-feira, 23 de abril de 2009

A Árvore dos Problemas

LIVRE-SE DOS PROBLEMAS

Onde você tem descarregado sua raiva? Onde você tem descarregado seu nervosismo? Onde você tem descarregado todos os imprevistos que acontecem durante o seu dia? Sim, imprevistos acontecem e eles acabam gerando dor de cabeça, impaciência, tensão... E conviver com a raiva, com tensão, com descontentamento só causa mais problemas para sua saúde mental e física.
Hoje, trago uma história de autor desconhecido que nos mostra uma forma simples de lidar com nossos maiores imprevistos e problemas do dia-a-dia:




A ÁRVORE DOS PROBLEMAS

Esta é uma história de um homem que contratou um carpinteiro para ajudar a arrumar algumas coisas na sua fazenda.
O primeiro dia do carpinteiro foi bem difícil. O pneu da seu carro furou e ele deixou de ganhar uma hora de trabalho. A sua serra elétrica quebrou, ele cortou o dedo, e finalmente, no final do dia, o seu carro não funcionou.
O homem que contratou o carpinteiro ofereceu uma carona para casa e, durante o caminho, o carpinteiro não falou nada.
Quando chegaram a sua casa, o carpinteiro convidou o homem para entrar e conhecer a sua família. Quando os dois homens estavam se encaminhando para a porta da frente, o carpinteiro parou junto a uma pequena árvore e gentilmente tocou as pontas dos galhos com as duas mãos. Depois de abrir a porta da sua casa, o carpinteiro transformou-se. Os traços tensos do seu rosto transformaram-se em um grande sorriso, e ele abraçou os seus filhos e beijou a sua esposa.
Um pouco mais tarde, o carpinteiro acompanhou a sua visita até o carro. Assim que eles passaram pela árvore, o homem perguntou por que ele havia tocado na planta antes de entrar em casa.
"Ah", respondeu o carpinteiro, "esta é a minha planta dos problemas.
"Eu sei que não posso evitar ter problemas no meu trabalho, mas estes problemas não devem chegar até os meus filhos e minha esposa. Então, toda noite, eu deixo os meus problemas nesta árvore quando chego em casa, e os pego no dia seguinte."
"E você quer saber de uma coisa? Toda manhã, quando eu volto para buscar os meus problemas, eles não são nem metade do que eu me lembro de ter deixado na noite anterior.”


Com esta história, podemos aprender muitas coisas: aprender que estes fatos corriqueiros que acontecem no nosso dia-a-dia e que nos tiram do sério vão continuar acontecendo quer você queira ou não. E vai depender de você encará-los de forma boa ou ruim.
Agora, por favor, não descarregue seus problemas nas outras pessoas. Seus filhos, esposa, marido, avós, pais não tem culpa pelos imprevistos que acontecem nos SEU dia.
Saiba conviver bem com todo mundo, encare os imprevistos com bom humor (você já sabe que eles sempre vão acontecer mesmo...) e sempre descarregue seus problemas, mas não em outras pessoas! Guardá-los com você não é a melhor forma de solucioná-los! Que tal começar a usar a árvore dos problemas?

Experimente! Tenho certeza que sua saúde irá modificar muito e para melhor!


Tenha uma ótima semana!

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Acidente Vascular Encefálico



ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO: altos índices em nossa cidade.



Acompanhamos nas últimas semanas a morte do Deputado Clodovil Hernandes por um AVE (Acidente Vascular Encefálico). A televisão falou muito sobre o tema e muitas pessoas ficaram assustadas quando ficaram sabendo sobre os altos índices da doença.
Em nossa cidade os índices de pessoas que sofrem esta lesão são enormes. Apesar de ser mais comum em pessoas idosas, ainda que em menor escala, o AVE pode acontecer em qualquer idade e vários são os fatores que podem causá-lo.
Como Terapeuta Ocupacional, acompanho de perto muitos pacientes e seus familiares que sofrem com lesões deixadas pelo AVE, e essas lesões, por menores que sejam acabam influenciando na qualidade de vida do paciente e de seus familiares se não forem bem tratadas e acompanhadas de perto por um profissional adequado. Mas o que é, o que causa e como prevenir um AVE? Vou tentar explicar de maneira bem simples.
O AVE é uma doença caracterizada pelo início de um déficit neurológico (diminuição da função) que persiste por pelo menos 24 horas, refletindo a falta de irrigação sanguínea em alguma área do cérebro. Ele pode acontecer de duas maneiras: pode ser isquêmico (quando um vaso sanguíneo que levaria sangue para o cérebro “entope” e a circulação fica então comprometida) ou hemorrágico (quando um vaso sanguíneo se “rompe” e também deixa de enviar o sangue para uma região específica do nosso cérebro).
Vários fatores são descritos na literatura médica que podem levar qualquer pessoa a ter um AVE, entre eles estão a hipertensão arterial, doença cardíaca, diabetes, tabagismo, uso de pílulas anticoncepcionais, álcool...
Os sintomas geralmente dependem do tipo de acidente vascular que o paciente está sofrendo: isquêmico? hemorrágico? Sua localização, idade e outros fatores. É comum aparecer sintomas como: fraqueza (pode aparecer em um dos membros ou face), distúrbios visuais (perda da visão em um dos olhos, sensação de “sombra” ou “cortina”), perda sensitiva (dormência que pode vir junto com a sensação de fraqueza), linguagem e fala (fala curta e com esforço) e convulsões.
Para tratar um paciente com AVE, inicialmente deve-se diferenciar entre acidente vascular isquêmico ou hemorrágico e isso vai ficar por conta do médico neurologista. O tratamento inclui a identificação e controle dos fatores de risco, o uso de terapia antitrombótica (contra a coagulação do sangue) e endarterectomia (cirurgia para retirada do coágulo de dentro da artéria) de carótida em alguns casos selecionados.
Na prevenção, a avaliação e o acompanhamento neurológicos regulares fazem parte, bem como o controle da hipertensão, da diabetes, a suspensão do tabagismo e o uso de determinadas drogas (anticoagulantes) que contribuem para a diminuição da incidência de acidentes vasculares encefálicos.
Por isso, é de extrema importância fazer sempre um acompanhamento médico. E se utiliza anticoncepcionais sem consulta médica, se faz uso de bebidas alcoólicas, se tem uma vida com muito stress, é fumante, faz uso de medicamentos de pressão, se não faz exercícios físicos e se não tem uma boa alimentação, tome cuidado! É muito comum ouvir de pacientes: “eu só tomava o medicamento de pressão no dia em que eu estava sentindo mal” e logo no dia em que estava se sentindo bem, aconteceu...
Você está gostando do nosso espaço? Tem alguma crítica, sugestão e quer participar?
Todas as semanas estamos falando um pouco mais sobre temas que sejam ligados à saúde, inclusão e acessibilidade aqui no Jornal Nova Gazeta e na internet. Se você quiser participar também entre em contato com a Coluna Diversidade:
Blog: http://www.colunadiversidade.blogspot.com
e-mail: colunadiversidade@hotmail.com
Carta: Redação do Jornal Nova Gazeta: Coluna Diversidade.
Telefax: (31) 3763.5774.
Estou aguardando seu contato!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

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Quem aqui em Conselheiro Lafaiete nunca precisou contar com o serviço público de saúde? Aposto que a maioria dos leitores. Sabemos sobre as reais condições do Sistema Único de Saúde em todo nosso país, sobre as dificuldades que o SUS enfrenta e não seria diferente em nossa cidade. Dá pena ver e saber das condições do Pronto Socorro... Fico imaginando e relembrando cada momento que já passei naquele local, em companhia de uma pessoa querida.
A experiência não foi lá muito agradável, mas não tinha escolha na época. Esperando uma vaga no CTI, permanecemos revezando entre amigos e parentes durante quatro ou cinco dias, na agonia entre a vida e a morte e a dependência de “vagas” que eram disputadas por filas.
Do sufoco, da ansiedade, da falta de condições, algo surgiu como esperança: a equipe do Pronto Socorro.
Com a mesma experiência, hoje trago o texto da Professora Mariângela, que faz uma homenagem a cada funcionário do Pronto Socorro Municipal de Conselheiro Lafaiete.


“EU TIRO MEU CHAPÉU”
Mariângela de L. Coutinho Souza Silva
Professora


Tempos atrás estive no Pronto Socorro acompanhando meu sogro e observei que em meio a tanta falta de recurso há anjos naquele lugar! Sim, não podemos ser só críticos e não sabermos observar o lado bom “de tudo o que há em tudo!”.
Tiro o meu chapéu para os “profissionais anjos” que sabem - mesmo com tão poucos recursos - abrandarem os sofrimentos das pessoas num momento tão delicado: a falta de saúde!
E hoje quero que você leitor, pense em como é necessário ser anjo para as pessoas, seja em qualquer situação, mas principalmente num momento de dor, da morte quase chegando, do coma profundo, do choro de quem não quer mais viver! Pense em como todos nós podemos participar da vida das pessoas de maneira solidária, correspondendo às vezes em um simples sorriso, em buscar um copo de água, em ajudar a andar ou deslizar as rodas de uma cadeira de rodas, um apertar de mão, um olhar de esperança...
Mas muitos dirão que não há pessoas competentes na área de saúde. Mas como? Sempre há exceções! Eu enxerguei as boas diversidades - os anjos que abrandam dores enquanto suas dores - de não terem tudo o que precisam para trabalharem não saram jamais...
Os anjos que sorriem quando em meio a tanta dor seus olhos e corações desejam chorar...
Os anjos que necessitam curar, mesmo que para isso ouçam gritos de dor e querem parar, porém sabem que o dever é prosseguir...
Os anjos que lidam com sangue, fezes, urinas, vômitos, inflamações, odores desagradáveis - mas que por amor ao que fazem e por enxergarem sua força na vida de outras vidas, são seres que se esquecem do nojo para prevalecerem no depois – no perfume da cura e bem estar que virão!
Os anjos que tentam ressuscitar pessoas - e quando conseguem são os milionários da loteria da vida – é puro sorriso!
Os anjos que ao verem mais uma alma partir, saem cabisbaixos, orando profundamente a oração silenciosa da dor e do dever cumprido – Deus sempre sabe o que faz!
Os anjos que limpam chão, privadas, cozinhas, cômodos diversos e ficam ali, pasmos a ver tanta dor, mas sabem que a assepsia feita diariamente contribui para um ambiente melhor. Os anjos que levam e trazem os pacientes em ambulâncias – uns chegam vivos outros partem para Deus! Mas foram buscados, medicados, olhados com solidariedade...
Os anjos que ao saírem de seu trabalho tão digno - porém tão penoso, ainda escutam xingos, palavrões, são crucificados pela força das palavras ruins – e no dia seguinte, estão ali, outra vez, pois não podem desistir. As vidas a serem salvas são muitas!
E você que pensa que não existem anjos lá, olhe com outros olhos – sempre há profissionais que fazem a diferença! E esses iluminam na escuridão, promovem a paz, amam seus semelhantes – pois é neste momento de dor que o amor realmente se faz!
Tiro o meu chapéu a todos os anjos existentes em nosso Pronto Socorro. Não mencionarei nenhum nome. Mas quero agradecer a cada um de vocês. E se você que lê agora este artigo não se sente um anjo, olhe para suas costas. Deixe nascer suas asas e prossiga no caminho angelical. Vale a pena!
Para todos os anjos, o meu muito obrigada sincero! Vocês fazem a diferença!

Quer participar também? Faça como a Professora Mariângela e entre em contato com a Coluna Diversidade:
Todas as semanas aqui no Jornal Nova Gazeta e na internet:
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