quarta-feira, 12 de agosto de 2009

ALUNAS DO CURSO DE TERAPIA OCUPACIONAL PROMOVENDO O ACESSO AO COMPUTADOR


Na foto: Marcela Louvera, eu (!) e Débora Filard

Quem não gosta de ter acesso a um computador? Hoje em dia trabalhamos, estudamos, conversamos, fazemos amizades e milhões de outras coisas pelo computador. A revista Veja da semana passada veio com a reportagem da capa falando sobre o grande impacto que o uso do computador e a internet fizeram em nossas vidas e o que ainda irão fazer.

Existem até estudos realizados por neurocientistas que comprovam que o uso do computador estimula o cérebro.

Mas nem todo mundo tem acesso a este incrível recurso. Não só financeiramente, a falta de acessibilidade para pessoas com necessidades especiais às vezes é grande e poucos projetos são desenvolvidos.

Esta semana quero apresentar um recurso desenvolvido por duas alunas do curso de Terapia Ocupacional da Unipac Lafaiete, Marcela Louvera e Débora Filard, hoje cursando o 6º período da faculdade.

O recurso foi desenvolvido para apresentação de um trabalho na disciplina de Informática Acessível e serve para propiciar o acesso ao computador para pessoas com algumas dificuldades especiais. De fácil confecção e barato, o recurso foi realizado e apresentado para toda a turma.


As alunas lembraram que este tipo de recurso já existe no mercado, mas que muitas vezes as pessoas não conseguem ter acesso a eles pelo preço, visto que na maioria das vezes são materiais importados.

Pode ser usado por várias pessoas, mas principalmente por pacientes que apresentem dificuldades de coordenação motora fina, tetraplégicos acionando o microfone com cabeça ou com o sopro, pacientes com paralisia cerebral que tenham dificuldades em movimentar os membros superiores e outros que apresentem alterações anatômicas em membros superiores.

No trabalho, Marcela e Débora lembraram que quando são necessárias adaptações na parte física do computador, antes de buscar acionadores ou periféricos especiais, é necessário procurar viabilizar, quando possível, soluções que utilizem os próprios “acionadores naturais” do

computador, que são o Teclado, o Mouse e o Microfone.

O recurso que desenvolveram é um acionamento pelo microfone por meio de brinquedos de pressão: “A solução que utilizamos é acoplar ao microfone, por meio de fitas adesivas, um daqueles pequenos brinquedos infantis de borracha que são facilmente encontrados em lojas de brinquedos, que produzem sons quando são pressionados. Desta forma, o cliente pode comandar programas de computador pressionando o brinquedo com a parte do corpo na qual exerça maior controle (ou a mão, ou o pé, ou o joelho, até mesmo a cabeça...) com a pressão, o brinquedo emitirá o som no microfone, que acionará o que o cliente necessitar.”

Está aí uma boa idéia que merece destaque. Com recursos simples, as alunas conseguiram criar um recurso que permitirá que muitas pessoas possam usufruir de um recurso tão rico e extremamente prático para os dias atuais.

As alunas ainda lembram que vários softwares que promovem a inclusão podem ser baixados gratuitamente pela internet, como por exemplo, o simulador de teclado “teclado amigo” disponibilizado pela Rede Saci (www.saci.org.br/?modulo=akemi&parametro=3847) ou o softwares para construção de pranchas de comunicação “Plaphoons” do Projeto Fressa (www.lagares.org).

Boas idéias sempre são bem vindas aqui no nosso espaço. Gostou? Você pode entrar com contato com alunas pelo e-mail: marcelalouvera@hotmail.com

Até semana que vem!

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