quarta-feira, 8 de julho de 2009

Transformação




Quantas vezes nessa vida corrida não nos pegamos tendo pensamentos negativos? Cheios de preocupações, medos, insegurança e dor? Todo mundo é assim! Somos humanos e pagamos um preço muito alto por termos pensamentos, por sermos conscientes, por sermos racionais (pelo menos foi assim que aprendi nas aulas de filosofia)...
O texto de hoje fala de transformação. E é justamente para esta transformação que quero que você se abra. Perceba, que às vezes é preciso mudar. Que quando pensamos que já fizemos de tudo, talvez realmente já tenhamos feito e não há nada mais para fazer. Portanto, relaxe.
Não se culpe por nada. Mesmo sabendo que você faz coisas erradas, que às vezes você se comporta como uma criança que não sabe muito bem o que quer e não pensa nos riscos, você pode se dar uma nova chance. Sempre!
Seja atencioso com você. Seja seu melhor amigo. Observe cada momento de dor que já passou e perceba as mudanças. A própria palavra diz: passou... Já se foi... E se ainda não passou, acredite: vai passar!
Repito: seja atencioso com você. Seja seu melhor amigo. Você vai se sentir bem. Transforme-se. Permita-se! Até semana que vem!

Milho de Pipoca
A transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação por que devem passar os homens para que eles venham a ser quem devem ser.
O milho da pipoca não é o que deve ser.
Ele dever ser aquilo que acontece depois do estouro.
O milho da pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer.
Pelo poder do fogo podemos, repentinamente, nos transformar em outra coisa.
Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo.
Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca para sempre.
Assim acontece com a gente.
As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo.
Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosas.
Só que elas não percebem.
Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.
Mas, de repente, vem o fogo.
O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos.
Dor.
Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai , ficar doente, perder o emprego, ficar pobre.
Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão - sofrimentos cujas causas ignoramos.
Há sempre o recurso do remédio.
Apagar o fogo.
Sem fogo o sofrimento diminui.
E com isso a possibilidade da grande transformação.
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer.
Dentro de sua casca dura, fechada em si mesmo.
Ela não pode imaginar destino diferente.
Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz.
Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: PUM! - e ela aparece como uma outra coisa completamente diferente que ela mesma nunca havia sonhado.
Bom mas ainda temos o piruá que é o milho de pipoca que se recusa estourar.
São aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente se recusam a mudar.
Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.
A sua presunção e o medo são a dura casca de milho que não estoura.
O destino delas é triste.
Ficarão duras a vida inteira.
Não vão se transformar na flor branca e macia.
Não vão dar alegria para ninguém.
Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada.
Seu destino é o lixo...
Do livro "O Amor que acende a lua" Editora Papiros

Um comentário:

Psicologando disse...

Caro Afonso boa tarde.
Primeiramente agradeço o carinho da sua visita ao meu espaço virtual e aproveito para lhe dizer que esteja a vontade para usufruir dos textos dispostos em minha página sem contudo esquecer de referenciar as fontes, pois isso é sinal de respeito ao autor que se dedicou no tema proposto, concorda?
Abraços, muito sucesso!